Quem nunca ouviu a frase "melhor só que mal acompanhado"? Pois bem, a frase é o grito de guerra da categoria dos solteiros, que, assim como tantas, tem sua data a ser festejada neste domingo, 15 de agosto. Assim como acontece com o dia deste ou daquele, o "Dia do Solteiro(a)" faz parte do calendário nacional. Porém, antes das críticas, ninguém quer incentivar o isolamento, mas sim criar um debate sobre aquele que trata a vida de forma solitária, mas sem necessariamente estar sozinho.
Num momento quando encontramos na mídia vários casos em que os relacionamentos, sejam eles através de casamentos, namoros, noivados ou mesmo na base do "ficar", estão saindo do social para ganhar as páginas policiais, o personagem do homem ou da mulher solteiro(a) ganha destaque. Aquele que sempre foi visto meio que com desconfiança hoje pode dar seu grito de liberdade. É melhor estar solteiro e vivo, do que viver um caso a dois e terminar morto ou agredido de forma violenta.
Para se criar uma vida a dois é preciso muito mais que gostar de alguém. É preciso respeitar os direitos do parceiro(a) e cobrar respeito. Às vezes, abrir mão de um relacionamento pode ser interessante. Cada qual tem sua personalidade, sua forma de viver, seu jeito de enfrentar o mundo que não "casa" com uma vida a dois. E pior, quando se percebe que não foi feito para a vida a dois não se descobre como separar. Não se corta o cordão umbilical. Fica-se preso. E para se soltar às vezes é preciso a fuga, que às vezes não é aceita, que às vezes leva a agressão, leva à morte. Ser solteiro não é crime, pelo contrário, muitas vezes o crime acontece porque não se é solteiro.
Mas baixo-astral não é sinônimo de solteiro. Não no final de semana. Vale lembrar que ser solteiro é planejar as férias sem dividir opinião, é chegar em casa e não ter que dar explicações e assistir a seu programa de TV, no único aparelho da casa, sem brigas. O solteiro tem mais tempo para os amigos, não tem ciúme, não inventa mentiras. Comercialmente, não é festejado como no Dia dos Namorados, mas se não ganha também não gasta com presentes.
E para quem sofre uma recaída, também dá para se mudar. Dá para encarar o mundo dos acompanhados. Mas neste caso é preciso abrir mão do singular e agir no plural. Não existe mais o "eu", mas sim o "nós". E também é bom. Desde que exista reciprocidade. Solteiro ou casado vale a pena viver feliz. Pois, no fundo, todo homem ou mulher que hoje tem a sua família um dia pode comemorar os bons tempos de solteiro.
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